quarta-feira, 4 de maio de 2011

FACES E CORPOS- Artistas


O corpo humano é um tema recorrente na história da arte,talvez o mais abordado.
A mostra Faces e Corpos pretende dar uma pequena colaboração a essa história que começou nos primórdios dos tempos.
São sete artistas de origens geográficas diferentes, com formações artísticas diversas.As obras não seguem uma linha estilística uniforme mas tem ,como característica comum, o uso da cor como a linguagem que busca transmitir o conceito que cada um tem sobre o tema.
O conjunto das obras traz uma curiosa gama de contextos , o ser humano visto em muitas das suas relações com a cultura.

Adrianne Moro - através de tons de sépia e laranja ,cria um corpo idealizado criado a partir de um signos do imaginário feminino, a mulher refinada e levemente sexualizada de um tempo antigo.Com sutil ironia ,a artista distorce detalhes anatômicos como se quisesse  nos mostrar que o idelizado não nos serve .
Adrianne Moro é de Curitiba.

Lucio Vargas - suas telas mostram corpos que se encontram e que esse encontro amoroso e/ou erótico deve ser ilimitado.Seus personagens não se contentam com o confinamento da tela,pretendendo estender-se aos que estão ao redor.
No uso de cores quentes ou frias e nas expressões insinuadas, Lucio nos leva à riqueza de emoções que permeiam o encontro humano.
Lucio Vargas é de Porto Alegre.




Maria Lucia Mendes Gobbi - figuras hedonistas,no sentido original e positivo do termo, é  a impressão que passam as criações de Mª Lucia.Corpos em paz e plenos na sua humanidade.Parecem prescindir  do outro ,no momento em que a artista os retrata.
O corpo que se basta e que  é fonte de felicidade, um ideal psicanalítico, de onde se pode partir para relações saudáveis.
Esfumatura de amarelos, não por acaso a cor que simboliza a felicidade,criam a idéia do corpo como invólucro do espírito.
Maria Lucia é de Florianópolis.

Nidia Vianna - com forte conotação antropo-sociológica ,as telas de Nidia trazem a face humana como representação cultural e étnica.Com maestria técnica , consegue criar detalhes que  transformam os rostos  retratados em embaixadores de seus povos.
Sua cartela de cores é restrita, faz uso das diluições para criar um jogo de luz e sombra que ressaltam expressões e intenções.As figuras são retratadas como em um primeiro- plano fotográfico onde a artista captura a essência do povo representado por suas criações.
Nidia Vianna é de Jacareí.


Renata Pely - corpos perdidos na multidão são como símbolos do homem em sociedade.As telas de Renata trazem a solidão do homem no meio de seus iguais mas, olhando com mais cuidado , notamos  que cada corpo fala por si na busca de uma identidade,se expressam e tentam sair do anonimato imposto pela cultura.Artista de formação clássica, consegue fazer o corpo falar de si e daquilo que lhe é pertinente , usando nuances monocromáticas ou através do uso intenso das cores.
Renata é de Jacareí.


Sheila Scolari - a representação corpórea de uma deusa, o corpo sem face visto de costas.Fugindo do lugar comum , Sheila faz  de uso uma imagem  onde cada um pode se identificar e dar a sua interpretação pessoal daquilo que a fé significa.
O corpo ,como está retratado, se torna único e universal ao mesmo tempo.Humano e espiritual como a essência dos santos.
Cores que nos fazem pensar na água, reinado da deusa.
Sheila é de Niterói.





Sandra Honors -  transpõe para a tela o estilo das fotografias documentais do século XIX.São faces e corpos registrados como para contar uma história e fazer parte da história.A pintora retratista capta a atmosfera humana transformando-a em um raconto de amplo respiro.
A tela Gheisa é inspirado Mineko Iwasaki, que escreveu suas memórias no livro "Geisha, a life".
Mãe e Filho é inspirada nos campos de refugiados do Sudão.
Cores quentes criam contrastes dramáticos.


FACES E CORPOS - de 20 de maio a 20 de junho 2011

Hotel Mercure Paulista - rua São Carlos do Pinhal, 87

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